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segunda-feira, 29 de abril de 2013

OPINIÃO

Doar sangue uma forma de viver


Betânia Bertelli

A nossa vida inteira vemos e ouvimos propagandas que falam sobre doação de sangue. Nós sabemos o quanto é importante, mas quase sempre arrumamos desculpas para não doar. Claro que toda regra tem exceção, não estou generalizando.

Na semana passada resolvi fazer minha "boa ação", que na verdade tomei por obrigação. Não aquela obrigação chata, que você TEM que fazer, mas aquela gostosa que você faz para sentir-se bem.

Era uma segunda-feira feia, tinha saído da aula e resolvi passar no Hemocentro de Juiz de Fora. Assim que eu cheguei fui recebida com sorrisos e muita atenção. Peguei minha senha e fiquei esperando ser chamada. Em menos de um minuto chamaram meu número. Fiz a ficha, e fiquei pensando se teria algo mais a fazer. Em dois minutos com a ficha pronta, olhei para o panfleto ao lado que dizia, "seja um doador de medula". Na mesma hora virei para o atendente e disse: "quero doar isso aí também". Ele entregou-me os papéis e direcionou-me ao segundo andar, onde eu faria o cadastro.

No segundo andar, em uma salinha muito pequena e aconchegante, uma moça que não recordo o nome, fez o meu cadastro. Ela fazia questão de deixar claro, "você não é obrigada a doar, mas quando encontrarem alguém compatível com você eles irão entrar em contato e se você quiser, você doa". Eu já sabia que queria, só de imaginar que posso salvar uma vida já me emociono. E não existe risco nenhum para fazer esse tipo de doação. Fiz meu cadastro e voltei ao primeiro andar.

A terceira etapa foi a triagem. Ou seja, os exames médicos. Você é consultado por um médico que afere sua pressão, confere seus batimentos, mede sua anemia e por fim confere se você tem os 51kg necessários. Passei por tudo isso pensando se eu desmaiaria na hora de doar. Fui para a quarta etapa... Lanchinho! Ao contrário do que muitos pensam, para doar sangue a barriga deve estar cheia, nada de jejum.

Estava tudo uma delícia e naquele momento não tinha mais jeito, era hora de doar. Comecei a sentir aquele medinho ao pensar na agulha, no sangue saindo e alí tive certeza que eu ia desmaiar. Entrei na sala, lavei os braços e as mãos em uma água bem quentinha e fui sentar na cadeira mais próxima.

Assim que me ajeitei o enfermeiro chegou com um sorriso no rosto e com todos os materiais em uma bandeja. Ele arrumou minha blusa, amarrou o garrote e colocou a agulha. Esperei sentir a dor, mas ela não veio. Foi um furinho de nada... Em dez minutos a bolsa de 400ml estava cheia. Fiquei decepcionada, achei que demoraria pelo menos uma meia hora. Antes de preencher a bolsinha ele tirou uma amostra do meu sangue para a doação de medula, apenas para cadastro.
Logo que comecei a doar. Essa foi tirada pelo enfermeiro. Foto do Instagram.





Saí de lá e nem tonta fiquei. O último passo foi fazer um novo lanche e ir embora para casa. E a sensação  de ter salvado milhões de vidas.


Para saber como doar entre em contato com o Hemominas aqui de Juiz de Fora e se você é de outra cidade procure o Hemocentro mais perto. Saiba o que é preciso para doar.

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